Saudação do NAM
25 de Abril 2010
O Movimento Cívico Não Apaguem A Memória! – NAM, saúda todos os participantes no acto da inauguração da placa que sinaliza o local onde se situava a sede da PIDE/DGS, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, realizado no dia 25 de Abril de 2010.
Saudamos todos os que durante meio século lutaram contra a ditadura, pela democracia e pela liberdade e que sofreram a prisão e as torturas daquela tenebrosa polícia política. Em particular saudamos os que ali se encontravam presentes, nomeadamente Edmundo Pedro, António Borges Coelho, José Manuel Tengarrinha e Helena Pato. Saudamos os capitães do MFA pelo seu papel histórico no 25 de Abril de 1974 e em particular os que ali se associaram a este acto nomeadamente o cor. Vasco Lourenço e muito especialmente o comandante Luís da Costa Correia o “capitão de Abril” que tomou, com a força militar que comandava, precisamente ali, onde nos encontrávamos, a sede da PIDE/DGS.
Saudamos o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, a Senhora Vereadora da Cultura, Drª Catarina Vaz Pinto pela forma pronta como acolheram a proposta do NAM, lhe deram execução de modo a coincidir com o dia 25 de Abril e participaram neste importante acto de preservação da memória. Saudamos também o director da Cultura, Dr. Mota Veiga, o Director do Património Cultural, arquitecto Jorge Carvalho e demais funcionários da CML que participaram neste acto ou na sua preparação.
Sinalização da PIDE/DGS
De acordo com o programa da inauguração da placa de sinalização da PIDE/DGS na Rua António Maria Cardoso em Lisboa, realizou-se um cortejo que partiu dos paços do concelho da CML onde usaram da palavra a Senhora vereadora da Cultura Drª Cartarina Vaz Pinto e pelo NAM o Professor Jorge Martins que ao longo do mini-roteiro o animou e ofereceu de modo impressivo uma informação histórica da ditadura e do dia 25 de Abril de 1974 relacionada com os locais do percurso.
Após o descerramento da Placa, usaram da palavra Raimundo Narciso pelo NAM, José Manuel Tengarrinha, Edmundo Pedro e Helena Pato na qualidade de ex-presos políticos e lutadores anti-fascistas e o Presidente da CML Dr. António Costa.
O mini-roteiro e o acto final tiveram uma significativa participação de umas 150 a 200 pessoas.
Terça-feira, 27.Abr.2010 at 03:04:45
Meus Caros,
Fiz link para “A Carta a Garcia”
OC
Terça-feira, 27.Abr.2010 at 10:04:01
Caríssimos companheiros da blogosfera,
congratulo-me com a feliz iniciativa do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória que fez questão de inaugurar esta placa evocativa da sede da PIDE/DGS. Já agora dentro do mesmo espírito solicito que tenham em conta a petição que se fez, que tomei conhecimento pelo blogue da Professora Ana Paula Fitas “A Nossa Candeia”, para salvaguardar o edifício de Castelo de Vida onde mora boa parte da memória do bravo capitão Salgueiro Maia.
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
http://www.cronicasdoprofessorferao.blogs.sapo.pt
Quarta-feira, 28.Abr.2010 at 07:04:56
Já está no site o texto da Helena Pato.
Não será possível obter a intervenção de Tengarrinha?
E parabéns ao NAM que, persistindo, conseguiu esta feito, que, muito mais do que uma placa sobre um passado de chumbo, foi uma acção hoje, mostrando que a cidadania é possível!
Sexta-feira, 30.Abr.2010 at 01:04:31
Luisa:
O Tengarrinha não tinha a intervenção escrita, mas vou contactá-lo – talvez possa tentar pôr em papel o que verbalizou. Obrigada pela sugestão.
Helena Pato
Quarta-feira, 12.Maio.2010 at 06:05:42
Os meus parabéns pela intervenção da Helena Pato.
Assisti à chacina da António Maria Cardoso, sabe-se hoje, porque o disse na SIC, ordenada pelo PIDE Óscar Cardoso, ali tratado cordialmente como senhor inspector.
Chocou-me muito, embora compreenda a explosão de alegria daquele dia, que não tivesse sobrado um gesto sequer para chorar aqueles mortos. Pessoas anónimas, que acorriam à rua para ajudar a acabar com aquele inferno. Mas salvo honrosas excepções, de gente anónima, do sindicato dos caixeiros creio, desceu o silêncio sobre aquele crime hodiendo, de pessoas pacíficas e desarmadas a serem crivadas de balas de metralhadora. O discurso era que fora uma “revolução sem sangue”, era o que convinha, nem sequer uma excepçaozinha para aquelas vítimas, sepultadas quase anonimamente nas suas terras, enquanto estrelejavam os foguetes da liberade reconquistada. Vistas bem as coisas talvez tenha sido um funeral mais digno assim. Mas não se fez justiça, nem a eles, nem aos milhares de vítimas do exército colonial português. Ao menos para repor aquela coisa essencial para a seriedade de qualquer regime, de qualquer país – a VERDADE.