No dia 10 de Junho de 1974, um grupo de quarenta e oito artistas plásticos pintou, em Lisboa, um mural que viria a desaparecer, num incêndio, em 1981. Entre os pintores, muitas caras conhecidas : Júlio Pomar, João Abel Manta, Nikias Skapinakis, Menez, Vespeira, Costa Pinheiro, etc., etc.
O filme que hoje se divulga é um documento precioso, muito pouco conhecido. É da autoria de Manuel Costa e Silva e foi-me disponibilizado por Fernando Matos Silva.
Segunda-feira, 29.Jun.2009 at 01:06:59
Espantoso documento! O meu obrigada a todos quantos me deram estes minutos de emoção: aos 48 artistas plásticos, ao Manuel Costa e Silva, ao Fernando Matos Silva e à Joana Lopes. Aqui está memória viva. Enquanto, em algum lugar, houver uma cópia deste filme, estes artistas plásticos estarão ligados ao 25 de Abril.
Segunda-feira, 29.Jun.2009 at 01:06:14
Obrigada, Lena.
Foi com um enorme prazer que trouxe esta cópia do filme de casa do Fernando e não descansei enquanto não consegui que fosse posta aqui. É um documento espantoso que eu nunca tinha visto.
Terça-feira, 30.Jun.2009 at 03:06:26
Viver Abril foi um privilégio
tanta partilha
tanto amigo em redor
tanta dádiva
tanta festa
tanta cultura oferecida
poesia, canto, dança
tanta flor, tanto amor…
onde pára esta onda que se formou
que caminhos tomou?
onde anda essa alegria que então se vivia?
quem partiu o espelho dos sorrisos de abril?
agradecida, pela emoção, comoção…
Quarta-feira, 01.Jul.2009 at 08:07:41
Lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Segunda-feira, 06.Jul.2009 at 01:07:03
extraordinários tempos esses!
Segunda-feira, 06.Jul.2009 at 04:07:08
Em Junho de 1974 houve logo quem se identificasse com um tempo novo e diferente, artistas incluídos.
Hoje, passados mais de trinta anos, ainda há quem não o tenha percebido. Ou quem nunca o queira ter percebido. Particularmente a classe política desde então.
Carlos Reis
Terça-feira, 07.Jul.2009 at 02:07:00
Ver estas imagens é sentir de novo a emoção à flor da pele, húmida e quente, que sentíamos nesses inolvidáveis tempos da revolução popular, vivida na rua, nos variados locais de trabalho, na cama, muito.
Não assisti a este momento de explosão artística — nem me lembrava dele –, mas recordo aqui que foi na rua , na calçada da Rua do Carmo, que conheci dois artístas que, afanosamente, pintavam ( ! ) o pavimento,
Terça-feira, 07.Jul.2009 at 02:07:44
Ver estas imagens é sentir de novo a emoção à flor da pele, húmida e quente, que sentíamos nesses inolvidáveis tempos da revolução popular, vivida na rua, nos variados locais de trabalho, na cama, muito.
Não assisti a este momento de explosão artística — nem me lembrava dele –, mas recordo aqui que foi na rua , na calçada da Rua do Carmo, que conheci dois artístas que, afanosamente, pintavam ( ! ) o pavimento: Teresa Cabrita e Mário Silva. Ainda hoje, imagine-se, somos amigos !
Há muitoa anos longe de Portugal, pergunto: o que é feito de Sérgio Pombo, Teresa Magalhães, Carlos Calvet, Isabel Laginhas, Dulha, gente dos Coruchéus ? E a minha amiga Gracinda Candeias ?
Já agora, um grande abraço para o meu velho amigo Fernando Matos Silva !
Terça-feira, 07.Jul.2009 at 02:07:03
Muito obrigada Joana Lopes por me ter proporcionado estes momentos tão vivos da Revolução de Abril.São documentos importantes e valiosos do que restou dessa época em que saímos da escuridão e de que nos ficaram as maravilhosas canções de Abril e estes belos e generosos gestos. Sem este dinamismo como estaríamos hoje? O que ficou imorredoiro foi o entusiasmo que é contagiante e se estenderá às novas gerações.A nossa gratidão a quem guardou e registou este precioso documento.Para todos o meu abraço comovido
Quarta-feira, 08.Jul.2009 at 10:07:35
Abril tão perto e tão longe…
Aquele abraço.
Ilda
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 01:07:20
Estive lá. Todo o dia. À noite, João Mota e a Comuna tinham uma encenação magnífica, com críticas mordazes à Igreja: a rtp, que estava em directo, suspendeu a emissão e assumiu o gesto, que por pedidos (pressão) do Patriarcado.
Assim, aquele 10 de junho, que fôra a mais completa celebração da liberdade, terminou com um sinal inquietante, que nos levou a contar quantos dias tínhamos estado sem censura…
Mas nada matou o encanto que este documentário reabilita: fui lá parar com a Cristina Azevedo e com o pai, Fernando Azevedo, um daqueles pintores em estado de graça. Passámos o tempo juntas e felizes. O calor é um apontamento da memória que podemos confirmar através deste filme.
Lembrava-me da maioria das imagens que emergiram na grande tela, era já noite anunciada. Um dia inteiro a aprender como se transforma a matéria. Ou uma forma de gritar liberdade!
Naquele dia vivemos momentos de utopia passada à realidade – talvez isso explique que também tenhamos registado os nossos poemas e impressões noutra tela, bem perto da dos artistas.
Obrigada, Joana! Julguei que nunca mais revisitaria o painel que amei e que o incêndio tirou das nossas vidas.
Comovida, abraço-a e celebro Abril.
Cecília.
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 01:07:33
Olá Cecília!
Muito gosto de a ver por aqui! Se quiser mostrar isto aos seus alunos, em condições convenientes, diga que arranjam-se outros filmes e comentador.
Abraço
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 01:07:16
Viva!
Hoje posso dizer-lhe (como disse à Maria João) que não se vão ver livres de mim tão cedo!
Mudei para o antigo lyceu Camões e espero ter alunos prontos a receber muitos caminhos da memória… Sabe que aquilo que me oferece é imperdível (ainda me lembro daqueles alunos que a escutaram,nunca antes tão atentos).
Escrevi um texto de homenagem a Alberto Ferreira, que se cruza com a vida do liceu Camões: depois da prisão e da proibição de leccionar, o mestre voltou em 74-75, como professor de filosofia. Tive a felicidade de ser sua aluna.
A experiência permitiu-me abordar a transição que vivemos na juventude de 74-75. Está interessada em ler esse texto?
Abraço (mais um)
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 01:07:22
Já não dá para encadear mais esta resposta, mas CLARO que estou intreressada no texto, Mande-mo por mail, sim?
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 01:07:49
A todos os que até agora comentaram (e agradeceram…) este filme, eu é que agradeço o interesse e a simpatia.
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 11:07:03
em Guimarães, não sei se no mesmo dia,mas seguramente na mesma época, também foi feito um mural onde, entre outros, estiveram a Graça Morais e o Jaime Silva, então professores na cidade. o muro não ardeu, foi repintado uns anos mais tarde.
obrigada, Joana. apesar de, então, ter apenas 9 anos, foi emocionante rever imagens como estas.
Quinta-feira, 09.Jul.2009 at 11:07:33
Simplesmente fantástico ………
Sexta-feira, 10.Jul.2009 at 10:07:24
Bom dia a Todos,
Apesar de não ter vivido o 25 de Abril por ser uma dos muitos emigrantes deste País… Lembro-me de ter vivido o 25 de Abril através de imegens distantes de um televisor.
Nunca senti verdadeiramnete o que foi o 25 de Abril.
Obrigada por partilharem essas imagens únicas. É um previlégio de ver este FILME permitui ainda que à distância “sentir” e partilhar das emoções então vividas.
Muito obrigada,
Rosário
Sexta-feira, 10.Jul.2009 at 11:07:26
Foi com grande emoção que revivi estes momentos.Tinha 19 anos era aluna de Belas Artes e participei juntamente com outros alunos neste grande evento.Para nós,jovens naquela altura, foi a explosão da esperança e a vivência de emoções dificilmente explicáveis.Pena que,passados 36 anos, vejamos o País amordaçado com capa de democracia.
Mesmo assim, obrigada por este privilégio de reviver momentos tão especiais.
Virgínia Navarro
Segunda-feira, 14.Set.2009 at 08:09:49
A nostalgia dos saudosistas que depois vão ao “vitória” beber uns vodkas.
hehehehe
Sexta-feira, 02.Out.2009 at 02:10:50
gostei muito de recordar esses tempos! só é pena o hoje ser tão diferente….
ora aqui estou vivinha e pintando, ainda, nos Coruch´rus até que me deixem!
OBRIGADO POR ESTE MOMENTO!
Terça-feira, 13.Out.2009 at 10:10:50
Belíssimo argumento, belíssimo registo, memórias muito ricas e inesquecíveis para quem viveu esses momentos com tanta esperança. Este filme é mais do que isso, passa por ser um património inestimável que merece ser preservado para que muitos tenham a oportunidade de conhecer. Eu estava em Moçambique hospitalizada e foi lá que tomei conhecimento (contaram-me muito em segredo, vejam só).
Obrigado por me porpocionarem estes flashes.
Quarta-feira, 02.Dez.2009 at 04:12:56
procuro o livro da Menez da Quetzal Editores
Agradeço a alguem que me informe onde posso comprar pois está esgotado