Pela mão de um amigo, recebo o link para um filme que não tinha visto: “Quem é o Ricardo?”, realizado por José Barahona, com argumento e diálogos de Mário de Carvalho.
Chega-me um dia depois do 25 de Abril, um dia depois de ter ouvido um velho resistente antifascista dizer-me – talvez com mais gentileza do que verdade – que tinha aprendido muito ao ouvir os depoimentos dos africanos presos na Campo de Concentração do Tarrafal entre 1962 e 1974, que recolhi em “Tarrafal: Memórias do Campo da Morte Lenta”. E gostaria de o ter visto projectado ontem, caída a noite, na Rua António Maria Cardoso, no muro em frente à sede da PIDE, finalmente assinalada com uma placa, para que se não esqueça os muitos que por ali passaram e, sobretudo, o que foi o regime deposto a 25 de Abril de 1974.
Lamento só o ter visto hoje – mas, mesmo correndo o risco que todos o conheçam já, não quero deixar de o partilhar convosco. E de agradecer ao José Barahona, ao Mário de Carvalho e à Cinequanon por o terem feito.
Terça-feira, 27.Abr.2010 at 12:04:10
quarta-feira, 20 de Junho de 2007
http://naoapaguemamemoria2.blogspot.com/2007/06/tortura-do-sono-visto-pela.html
“A tortura do sono vista pela cinematografia portuguesa
Fazer um filme em torno da tortura do sono parece, à partida, uma tarefa espinhosa, mas foi a isso que José Barahona se abalançou, e com bons resultados. Contou com a preciosa ajuda do escritor Mário de Carvalho. Aproveitamos para divulgá-lo aqui, agradecendo a Mário Machado Castro a sugestão.”
Às vezes não vemos tudo… muitas vezes não se apaga a
nossa memória…
Mas é bom sempre rever..
Terça-feira, 27.Abr.2010 at 08:04:06
Muito grata pela sua chamada de atenção. Mas, embora ironicamente o pareça, no meu caso não foi memória curta, já que não tinha mesmo visto o filme. Foi entusiasmo pelo trabalho do José Barahona e do Mário de Carvalho, e a muita pena de não o ter podido projectar no muro da António Maria Cardoso, no dia 25 de Abril.
Agradeço-lhe a correcção e incito todos a verem (ou reverem) o filme e as escolas a somarem-no às poucas linhas que os livros de ensino dedicam à PIDE…
Diana Andringa
Terça-feira, 27.Abr.2010 at 11:04:03
Às vezes não vemos tudo… ( referia-me à Dina Andringa )
muitas vezes não se apaga a nossa memória… ( referia-me a mim, porque me lembrava de ter visto o filme, aqui – no outro blogue – em 2007)
e subscrevo:
“incito todos a verem (ou reverem) o filme e as escolas a somarem-no às poucas linhas que os livros de ensino dedicam à PIDE…”