Em Outubro de 2008, no Colóquio
sobre o Tarrafal organizado pelo NAM!
Joaquim Souza Teixeira nasceu em Vila Real a 2 de Janeiro de 1916.
Aos 20 anos, em 8 de Setembro de 1936, sendo grumete no aviso de 1ª classe Bartolomeu Dias, foi acusado de insubordinação e entregue pelas autoridades da Marinha à PSP. A 18 do mês seguinte, julgado sob acusação de ligação à Organização Revolucionária da Armada, ORA, foi condenado a 5 anos de prisão celular, seguidos de 10 anos de degredo – ou, em alternativa, na pena de dezassete anos e meio de degredo «em possessão de 2ª classe».
Deportado para o Tarrafal, ali ingressou a 29 de Outubro do mesmo ano. Em 1942, sofrera já três permanências na «frigideira».
Em Agosto de 1944, foi transferido para o Aljube e, em 25 de Abril de 1945, baixou ao Hospital de S. José, de onde veio a evadir-se, permanecendo a partir daí na clandestinidade.
Morreu ontem, em Lisboa.
Sábado, 04.Abr.2009 at 04:04:04
Tanta gente deu o melhor da sua vida na esperança de que este país poderia ser governado por homens honrados e impolutos e, trinta e cinco anos depois do 25 de Abril, morre-se vendo a medocridade instalada e a justiça por fazer!
Joaqim de Souza Teixeira “morreu ontem, em Lisboa”. É preciso “cumprir” os seus ideais.
Fernando Mendes
Sábado, 04.Abr.2009 at 10:04:11
Como pouco conheço de Joaquim de Souza Teixeira e como talvez haja mais gente na minha situação gostaria que a Diana Andringa dissesse um pouco mais sobre ele, sobretudo complementando ou corrigindo a frase final do seu “post”, pois que conclui com uma frase que, presumo, estará incompleta: “(…) permanecendo a partir daí (da fuga em 25.04.45) na clandestinidade. Morreu ontem, em Lisboa”.
Quanto ao cumprimento de ideais, acho que sim se também forem nossos. Isto é, a luta que diariamente temos de travar, ou é assumidamente nossa, ou nada feito. Acho que hoje ninguém luta pela continuação dum ideal alheio.
Domingo, 19.Abr.2009 at 03:04:38
Faço palavras do SrºJorge Conceição, já que sou um jovem nascido, precisamente, em 1974 e por acaso estudei na UTAD em Vila Real e desconhemos estes hérois, que é justamente por eles que ainda voto.
Cumprimentos,
Paulo Maio
Quinta-feira, 01.Out.2009 at 02:10:30
JOAQUIM DE SOUSA TEIXEIRA
(COMENDADOR DA ORDEM DA LIBERDADE)
Joaquim de Sousa Teixeira,
Foi defensor da Liberdade,
Avesso à sua maneira,
Em prol sempre da verdade.
No TARRAFAL, ele mui sofreu,
A sua palavra manteve,
A opressão ele combateu,
Com o seu ideal esteve.
Quem a Liberdade defendeu,
Deverá ser perpetuado,
Quem o ser humano ofendeu,
Bem merece ser condenado.
Humilhados e ofendidos,
Em decadente civilização,
Ergam a voz, não fiquem rendidos,
Não tenham medo de qualquer papão.
Sílvio Teixeira
VILA REAL – PROTUAGL