Segundo revela a edição de hoje (03/11/2008) do El País, com base em documentos desclassificados do Arquivo Nacional de Washington, Arias Navarro, o último presidente do governo de Franco, disponibilizara-se para atacar Portugal, em 1975. «Profundamente inquieto» com a evolução da situação portuguesa, Arias terá expressado a disponibilidade de Espanha para levar a cabo o «combate anticomunista sozinha, se isso fosse necessário», mas confiando na «cooperação e cooperação dos seus amigos», entre os quais os Estados Unidos, com quem Espanha procurava, na altura, trocar a cedência de bases militares pela entrada na NATO.
ADENDA: Para os adeptos da “história contrafactual”, aqui fica uma hipótese (im)provável.
Segunda-feira, 03.Nov.2008 at 01:11:06
A “disponibilidade” espanhola para atacar Portugal é ancestral, sejam lá quais forem os motivos. Assim como a nossa disponibilidade para a repelir.
Saudações do Marreta.
Segunda-feira, 03.Nov.2008 at 09:11:01
Era só para nos ajudar…
Terça-feira, 04.Nov.2008 at 01:11:06
Ora aí está o caminho mais curto para os republicanos porem o duque de Bragança no trono: ameacem ou promovam a união ibérica. Em menos de uma semana, 1910 será ainda menos que a triste recordação que hoje é.
Terça-feira, 04.Nov.2008 at 02:11:57
É bem provavel que Árias Navarro o tenha pensado. Mas o exército Espanhol tinha a cabeça bem mais fria e nunca iria atacar um país que naquela altura tinha um exército tão grande como o de Espanha, tinha uma experiência de 14 anos de guerra de guerrilha (coisa que Espanha nunca teve) e além disso havia mais 1 milhão de homens com experiência de combate e armas ao desbarato.
E uma coisa que os Espanhóis nunca foram foi Burros e paus mandados. Eles sempre souberam que efectivamente esteve por detrás do assalto à embaixada de Espanha.
Terça-feira, 04.Nov.2008 at 10:11:24
Y o nome de Filipe nada em de Inocente …
Terça-feira, 04.Nov.2008 at 11:11:40
tem
Quinta-feira, 06.Nov.2008 at 09:11:43
Pois é, Luís Bonifácio. Os espanhóis não sabiam o que era a guerrilha e por isso inventaram o conceito e o termo aquando da invasão francesa (1808-1812). Termo que deu a volta ao mundo e é uma das poucas palavras espanholas no vocabulário ‘universal’. Quanto à disponibilidade para invadir Portugal, parece que há quem pense que é genético! Seria um pouco estranho, não? Mas também é estranha a persistência do ‘espírito’ de Aljubarrota, e o facto que ele ainda anda aí… Arias Navarro delirava, talvez um pouco menos que o caudilho. Por sorte, o exército -que na altura devia ser t§ao decadente como o português mas sem o desgaste da guerra colonial- adiou ou simplesmente ignorou a hipótese de “travar o comunismo” do país vizinho. Saudações ibéricas